Estuques
 



Restauro de Tetos Trabalhados - Recuperação e Conservação

O valor histórico e artístico dos estuques antigos justifica a sua reabilitação.
Esta acção exige a identificação das principais anomalias e acções necessárias à sua realização. As caraterísticas dos elementos construtivos exige igualmente a realização de acções minuciosas, sujeitas a um faseamento rigoroso, num processo onde a observação assume papel fulcral na identificação e inspecção, durante a intervenção.

Na zona das grandes cidades litorais, existe uma grande quantidade de estuques, em edíficios construídos maioritariamente entre o Sec. XVIII e o primeiro quartel do Séc. XX que nos dias de hoje necessitam de urgente reabilitação. Face aos dias agitados da produção, contínua, a reabilitação de Estuques Antigos, está coberta de dificuldades, devido ao desconhecimento e perdas das técnicas tradicionais não productivas da maior parte dos intervenientes, o desparecimento de mão de obra habilitada e o aparecimento no mercado de soluções rápidas e económicas que permitem responder aos problemas.

        
Principais Anomalias dos Tectos Estucados

A Firma António Enes Morais, Lda ao longo dos anos, têm lidado com as principais problemas dos revestimentos de estuque em edíficios antigos.
Resultados dos anos, de existência, as anomalias estruturais dos edificios, resultam no aparecimento de deformações e fissuração na superfíces estucadas (tectos e paredes). A degradação está sempre associada à entrada de àguas pelo telhado e paredes,sendo este processo, o responsável por uma seríe de anomalias, que se agravarão com o tempo, se não houver reparação das causas.

A longa duração da presença de água provoca danos significativos nos suportes, normalmente executados em madeira (estrutura e fasqueados) ou estafe, nos casos mais recentes, porque deteriora tanto os ripado como o própio estuque, originando fissuração e decaimento do plano estucado, também em resultado da corrosão de elementos metálicos e da cristalização de sais entre camadas, ambos induzidos pela humidade.

Sistematizando teremos:

      - Descaimentos, devido á corrosão dos elementos de fixação ao fasquiadoou à degradação das madeiras, por acção de fungos,         bolores e ataque de insectos.
     - Fissuração contínua, devido à cedência do vigamento, com deslocação nas zonas de apoio. e à perda de fixação do estuque         ao fasquiado, originada por má execução inicial.
     - Apodrecimento dos topos das vigas de madeira, inseridas nas paredes, por falta de ventilação.
     - Descoloração de áreas pintadas ou manchas, em resultado da humidade.

        
Reabilitação de Tectos Estucados

As anomalias assinaladas envolvem uma intervenção conjugada sobre o sistema de suporte e o estuque. Apenas a analíse rigorosa do sistema permite, assim, determinar quais as acções a efectuar, bem como o faseamento adequado, dado que o seu desenvolvimento é variável em função da situação em causa.
O processo de reabilitação de tectos, incluíndo as acções complementares e subsequentes, efectua-se, regra geral, de acordo com a seguinte sequência:

     - Desmontagem de Revestimentos e Limpeza do Extradorso do Tecto Estucado.
     - Remoção, estabilização ou consolidação de elementos de estuque em risco de queda.
     - Reabilitação dos suportes de madeira

O processo concluí-se com os trabalhos de acabamento, que consistem na reabilitação dos elementos decorativos (ornatos e superfícies), nomeadamente na reintegração ou reapilicação, a reparação de fissuras, o preenchimento de lacunas e o tratamento de superfícies.

   
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